domingo, 10 de julho de 2011

Saudades do tempo em que eu era criança!

Quem não tem saudade do tempo em que era criança?
Daquele tempo que com nada tinhamos de nos preocupar.
Daquela época em que os pais cuidavam de nós.
Ah! Se aquele tempo pudesse voltar.
Tempo aquele que nossos corações, nossos pensamentos , não tinham maldade.
Tempo aquele que sem medo, brincávamos e sabíamos ser felizes.
Mas  o tempo passou, nós crescemos  e  parece que  esquecemos a formula mágica da felicidade.
Parece que o mundo nos fez esquecer que um dia, fomos crianças e que em tudo dependíamos de nossos pais. Até disso nós esquecemos! Até isso o mundo nos tirou! Ou será que ainda está guardado, em algum lugar em nós e basta procurar-mos para encontrar-mos  no lugar mais fundo e esquecido de nossos corações?

domingo, 19 de junho de 2011

O tempo


Hoje parei para pensar que existe um carrasco chamado tempo! Ele é algoz, desumano, cruel e definitivo.
Estive refletindo a respeito de como usamos o tempo, e no número de vezes que repetimos a frase “não tenho tempo”. Mas a pergunta chave não é “quando terei mais tempo” e sim “quanto tempo mais terei”.
Deixamos projetos pessoais de lado: “Casar, só daqui a uns três anos”, “Não queremos filhos agora”, “Não vou fazer faculdade neste ano”. É claro que a vida precisa de planejamento, mas será que dará tempo de concluir esses projetos?
Negligenciamos o tempo com relação à saúde. Deixamos para ir ao médico apenas quando a manutenção é corretiva, para a preventiva damos pouca importância. Marcamos o check-up para as férias, a dieta para depois do feriado, a caminhada para segunda. Mas será que nossas engrenagens vão esperar?
E a dificuldade que temos em nos reconciliar? Seja com um familiar, amigo ou colega de trabalho que por ventura tenha nos magoado. Às vezes carregamos uma mágoa por tantos anos que no final, nem sabemos mais como a briga começou. Será que teremos tempo pra dizer tudo o que precisa ser dito?
Quantas viagens ficaram para o próximo ano? Aquelas férias maravilhosas, a visita aos parentes de longe que sempre prometemos, mas nunca vamos. A viagem dos sonhos, conhecer a neve, um cruzeiro.
E as roupas e perfumes que compramos para uma ocasião especial? Algumas dessas coisas guardamos por tanto tempo que quando percebemos, nem nos servem mais, saíram de moda ou não fazem mais nosso estilo. E os presentes que ganhamos e nunca abrimos?
Vejo também pessoas que protelam compromissos, sejam reuniões, pagamentos de dívidas, reclamações de consumidor, trocas, devoluções, arquivos. Postergam tanto que a ação perde até o sentido. As datas expiram, o prazo acaba e o conformismo vem.
Com essa minha reflexão, pensei num plano para aproveitar melhor o tempo:
1 – Para ter mais tempo é preciso saber o que é realmente importante. É preciso priorizar.
2 – Dar mais atenção aos projetos pessoais. Ganhar dinheiro é fundamental, mas não é tudo. Socializar, aprender, passar mais tempo com a família, ouvir os mais velhos, curtir as crianças, o tempo também passará para eles.
3 – Cuidar da saúde física e mental, agora. Encontrar tempo para dormir, para comer, para viver. Como é que você pode cuidar dos outros se não consegue fazer isso consigo mesmo?
4 – Exercer o perdão, sem medo. Pensar em cada mágoa como uma grande e pesada pedra, quanto mais rápido se livrar delas, mais leve será a caminhada.
5 – Viajar mais. Nem que seja para um acampamento do outro lado da cidade. Conhecer pessoas, sair do contexto e relaxar.
6 – Usar tudo o que comprar ou ganhar, sem essa de ocasião especial. Todos os dias podem ser ocasiões especiais, é só querer.
7 – Honrar os compromissos. Só prometer aquilo que realmente pode cumprir, seguir à risca a agenda. A sua consciência ficará bem mais tranqüila.
8 – Trabalhar todos os dias do ano como se fosse únicos.. Documentos em dia, assinaturas, registros em ordem, tudo identificado, planos de ação monitorados.
Não podemos mudar o que já vivemos, mas sempre há meios de fazer do presente um acontecimento único, especial. Um dia de cada vez, é preciso achar tempo para todas as coisas que são importantes: Administrar carreira, amigos, família, saúde, lazer… Não sabemos o dia em que o tempo acabará para nós.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ANIVERSARIAR


Aniversário é uma palavra latina que significa "aquilo que volta todos os anos". Anniversarius vem de annus (ano) e vertere (voltar), ou seja, aquilo que se faz ou que volta todos os anos.
“Parabéns pra você, nessa data querida...” Quando ouvimos essa música, sendo entoada como um mantra para nós, um filme se passa pela nossa cabeça. Para alguns, um pequeno curta e para outros um documentário ou um épico longo de uma grande cruzada.
O seu filme da vida pode ser uma grande comédia, ou um dos mais pesados dramas... porém, todos nós temos uma linda película, que é lembrada a cada ano. No meu caso, no dia treze de abril...
E lá estava eu, fazendo meus vinte e oito anos, pode parecer exagero, mas nunca fiquei à vontade com a minha idade, antes odiava estar presa num corpo de uma garota, e queria crescer. E quando finalmente meu pedido foi realizado, os anos foram se passando e a grande menina virou uma pequena mulher, comecei a querer parar o tempo, o relógio. e não envelhecer mais. Uma vontade de me mandar para a Terra do Nunca... sem passagem de volta!
Aliás eu estava fazendo vinte e oito, mas parecia que ontem estava celebrando os dezoito, o que viria depois? Os 30???
Estava em frente ao computador ligado, olhava para o relógio no canto direito, falta um minuto para meia-noite, e chegar o inevitável, o dia do meu aniversário. Após o minuto virar e os vinte e oito pesar, me pus a me perguntar...
“Aniversariar é somar ou subtrair?”
Era óbvio que mais um número tinha sido somado, porém era um ano que estava sendo subtraído da tabela da vida.
Quando ficamos mais velhos, podemos acrescentar muitas coisas, como podemos ceifar várias também...
Algo que ninguém (ou quase ninguém) quer somar a sua aparência são cabelos brancos, rugas ou algarismos do tipo 3.0, 4.0, 5.0. 6.0... e vou parar por aqui, antes que crônica vire deprê!
E o por que disso? O que tanto choca e nos bota medo em não querer sentir e viver o inevitável, o tempo passar e assim envelhecer?
Mas há grandes somas quando ficamos mais velhos, nós podemos crescer, mesmo que não seja de altura, temos a chance de crescer por dentro, como seres humanos. Temos a chance de somar novos amigos, novas vitórias, novos amores e novas histórias.
È uma dádiva estar viva, e ainda com a calculadora nas mãos, o que subtraíamos nessa história? Depois que ficamos um ano mais velhas, ou seria menos um ano mais nova?
Enfim, de qualquer forma, podemos subtrair os erros, deixá-los para trás, nos anos vividos, podemos diminuir as tristezas, os medos, e saber que com mais um ano na mochila, estamos mais fortes, mas vividos e mais preparados para encarar a selva da vida!
Quando o dia já estava acabando e estava ficando quase que oficial que mais um ano ia embora... tive a certeza que não importa o que perdemos ou ganhamos, quando aniversariamos, o que vale mesmo é estar vivos, é estar aqui, na presença de quem a gente gosta, de estar podendo aprender a cada dia, de acrescentar algo de bom para o mundo, ou simplesmente para quem está do seu lado pedindo apenas um abraço...
Assim vamos somando e diminuindo, até que um dia os números se vão, e a gente se torna infinitos, assim como eles!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Medo...


Será uma dor física? Uma sensação de impotência. Raiva e tristeza. E saudade, de algo que ainda nem acabou. É preciso deixar voar - maldito pensamento que ecoa em minha mente. Ensinar a voar. Deixar voar. Nada é para sempre. Desapego. DESAPEGO.
Estou implorando a Deus para que o tempo pare, para que o resto do planeta exploda. Não. Horas não seriam suficientes. Dias. Meses. Anos. Existe para sempre, mãe? Sim, existe. E acreditando nisso como uma criança, é esse o tempo em que desejo ficar. Sem hora marcada. Sem despedidas tão dolorosas. Um até logo que não ficasse engasgado na garganta. Um abraço que não arrancasse pedaços. Um tchau que não terminasse em soluços desesperados ao dobrar a primeira esquina. É pedir demais, mãe?  Sempre. Para sempre, nem que para mim não exista, esse maldito sempre. Nem que seja tudo mentira, uma grande farsa, um engano, as pessoas, os sentimentos, a própria vida. Mas por favor. Pelo amor de qualquer migalha de sentimento verdadeiro que exista nesse mundo. É amor sim, e dói muito. Um beijo e sara, mãe? Que amor egoísta é esse que não sabe deixar partir? Mas não há mais lágrimas. O desespero escondeu-se. Não extravasa em rompantes. Escapa devagarinho, dia após dia. Como uma dor no limite do suportável, que não mata, só maltrata. Gostaria de ficar mais um pouco com vocês - é o máximo que as palavras conseguiram dizer. "O sol também vai embora, mãe. Mas ele volta." Sim. Claro que sim. Mas e as noites, tão longas, o que fazer com elas? O que fazer para não duvidar que a escuridão tem fim? Quando crescer, passa? Sara? Responda. Porque já cresci e ainda tenho medo...